Após o sucesso dos primeiros lançamentos, o duo Camaleônica apresenta o terceiro single do disco “Eletrotropical”, a ser lançado em breve. A faixa “Língua e Revolta” chega como um manifesto urgente em tempos sombrios: mistura o ijexá, ritmo ancestral afro-brasileiro, a guitarras distorcidas e vocal em transe, criando um ambiente onde o sagrado e o insurgente dançam juntos.
É uma música que não pede licença. Ela afirma, com intensidade visceral, a existência de corpos e vozes que o mundo insiste em apagar. “Quem é você pra me dizer aqui que eu não sou ninguém?”, pergunta o verso que guia a canção. Para o duo, essa pergunta é mais do que denúncia, é uma resposta. Como diz o integrante Fernando Reis, “ela evidencia a urgência de existir diante de um mundo que tenta silenciar e desautorizar quem não se encaixa em uma visão binária e estreita de humanidade”.
Felipe Dantas, também integrante do duo, explica que “Língua e Revolta” é sobre resistir ao ódio, mesmo que essa resistência venha atravessada pela raiva. “É um manifesto em defesa das liberdades: do afeto, da fé, da identidade. O personagem da música encontra força na ancestralidade e nas lutas que o antecedem. Ele transforma essa força em grito, em som, em coragem”, conta.
Eletrotropical: um disco entre a celebração e o confronto
O single integra o disco Eletrotropical, que aprofunda essa pesquisa sonora que entrelaça ritmos afro, beats eletrônicos e espiritualidade periférica. A obra é um caldeirão de referências: celebra o agora, o baile de favela, os orixás e os encontros latino-americanos, com influências que vão da Tropicália de Caetano Veloso à lírica urbana de Marcelo D2.
Na visão do duo, “Eletrotropical” é também um conceito estético. “As raízes brasileiras são o futuro da nossa música”, afirma Fernando. “Estão no nosso corpo, na nossa memória, e agora também nos nossos beats”, completa. O primeiro single, “Maravilhoso”, apresentou ao público a identidade múltipla do duo: uma MPB experimental, leve e crítica, que fala de amor e desamor com o olhar de quem atravessa a vida como uma escola de samba na avenida. Com ele, Camaleônica alcançou mais de 7 mil streams em 30 dias e se apresentou com casas cheias em Barcelona, nas salas La Nau e Sala Vol.
Como define Felipe, o disco é “o Brasil que a gente sente e viveu, entre o glitter e o paraFAL. É resistência e festa ao mesmo tempo”. Com shows já marcados na Espanha e em Portugal, Camaleônica segue expandindo seu público e consolidando sua estética híbrida, misturando percussão, harmonia, loops e samples em apresentações hipnóticas.
Sobre a Camaleônica
Criada em Barcelona pelos amigos de infância Felipe Dantas e Fernando Reis, a Camaleônica mistura o tradicional e o contemporâneo da música afro-brasileira, transitando por estilos como samba, bossa nova, rock e hip hop. Suas composições descrevem a vida cotidiana pelo olhar de quem cresceu no subúrbio — a escumalha de Douglas Germano —, carregando um discurso poético e político que resgata a beleza da simplicidade. Em suas performances ao vivo, o duo utiliza loops, samples e instrumentos inusitados, criando um show dinâmico e imersivo.
FICHA TÉCNICA
Produção musical: Felipe Dantas e Fernando Reis
Direção artística e coros: Amanda Bortolo
Composição, voz principal, guitarra e percussão: Felipe Dantas
Baixo, percussão e coros: Fernando Reis
Coros: Carla Blanch, Lua Fernandes, Maria Llobet e Romane Nardreb
Gravação e Pré-Mixagem: Adria Marti
Estúdio de Gravação: Ateneu 9Barris
Mixagem e Masterização: Mayam Rodilhano
Estúdio de Mixagem: Montanha Records
Distribuidora: Tratore
Selo/Produtora: Fliperama Lab
Produção Executiva: Amanda Bortolo
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Nathália Pandeló 24999339680 [email protected]